domingo, 13 de abril de 2014

Menores infratores representam riscos aos funcionários e bebês abrigados na Caju

Funcionários da Caju (Casa da Juventude de Barra do Piraí), instituição sem fins lucrativos considerada de utilidade pública nas esferas municipal, estadual e federal, que foi fundada como abrigo para menores num casarão da Avenida Cecília, próximo ao Centro da cidade, vivem momentos complicados.

Responsáveis por menores carentes e infratores, vários funcionários reclamam da insegurança, principalmente, no turno da noite. Na semana passada um menor fugiu da instituição e assaltou uma senhora na Rua Aureliano Garcia, conhecida como Rua da Estação, no Centro de Barra do Piraí. O menor foi detido pelos policiais militares, encaminhado até a 88 DP e, após o registro da ocorrência, foi reconduzido para a Caju, onde permanecerá até quando ele quiser, já que se torna impossível aos funcionários impedir que o menor, temido na instituição e líder de um grupo de menores, saia para assaltar ou cometer outros delitos quando ele bem entender.

Além dos evidentes riscos às integridades físicas e até as vidas dos funcionários, os menores infratores abrigados na Caju representam também enormes riscos aos menores carentes que aguardam adoções. Existem bebês na instituição, o que agrava ainda mais a questão. Já foram registrados casos de tentativas de agressão de um bebê e até de rebeliões.

Na semana passada dois meninos tocaram a campainha de madrugada e quando atendidos avisaram que matarão um menor infrator que roubou uma mobilete; uma menina querendo usar drogas pegou uma barra de ferros pra agredir educadores e – pasmem! – um menor infrator jogou um prato com mingau quente no rosto de um bebê.

Presidida pela enfermeira aposentada Maria Aparecida da Silva, que tem como vice-presidente a advogada Tânia Maria Pereira Morais, a Caju espera decisão do governo municipal, já que o atual mandato se encerrou e Maria Aparecida e Tânia Morais permanecem nos cargos provisoriamente até que o poder público municipal decida sobre o futuro da instituição.

Os funcionários confirmaram que a carne enviada para alimentação na Caju segue o péssimo padrão de qualidade denunciado por mim na merenda escolar.

É apenas uma pequena parte da vida desses menores em Barra do Piraí. Infelizmente, pequenos seres que só se tornam visíveis à sociedade quando cometem atrocidades, que, invariavelmente, são acompanhadas de gritos por justiça e redução da idade penal.

Ninguém grita que é preciso assumir a responsabilidade por eles de forma séria e eficaz.


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